Nossos Campeões - Altair Bordignon: um dos principais nomes do Enduro Gaúcho!
A história de Altair Bordignon acompanha o desenvolvimento do mercado de motos no Brasil. Recentemente foi publicado na Revista Pró Moto, uma matéria sobre ele Filho de um revendedor de Lambretta, começou a pilotar nos anos 1960, passou por modelos importados e nacionais de todas as configurações e encontrou no Enduro a sua nova casa.
Altair é conhecido nas trilhas de todo o país desde 1989. De lá para cá, foram mais de 60 títulos e 750 troféus.
A história de Altair Bordignon acompanha o desenvolvimento do mercado de motos no Brasil. Filho de um revendedor de Lambretta, começou a pilotar nos anos 1960, passou por modelos importados e nacionais de todas as configurações e encontrou no Enduro a sua nova casa.
De lá para cá são 32 anos dedicados ao esporte, mais de 750 troféus na estante, conquistas nacionais e muitas aventuras para contar. Por isso, a Federação Gaúcha de Motociclismo (FGM) aproveita a recém passagem do Dia do Motociclista para apresentar a história deste gaúcho de Erechim, na região Norte.
Lambretta, Xispa, RD, CB 500 Four, 7 Galo
A relação de Altair com o motociclismo iniciou antes mesmo do seu nascimento, em 1955. No início daquela década o pai e o tio, José e Grandino, abriram uma oficina que atendia Lambretta e motociclos. Depois, se tornaram concessionários da marca italiana no começo dos anos 1960, vendendo motos para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Desta forma, o futuro piloto acostumou a ouvir o ronco dos motores desde cedo. Aos 8 anos já aprendeu a pilotar. Aos 13 ganhou uma Lambretta. Aos 15, uma Xispa. Depois veio a importada RD 125 e a Suzuki GT 250, também japonesa. “Aos 22 ganhei uma CB 500 Four, a primeira moto de quatro cilindros de Erechim, que me acompanhou nas primeiras viagens para fora do estado”, relembra.
Por falar em viagens, foi sobre duas rodas que Altair conheceu o Brasil. Em um desses episódios, pôde assistir à primeira corrida do Mundial de Motovelocidade realizada no Brasil, em 1987, em Goiânia (GO). Para isso, percorreu cerca de 3.000 quilômetros com uma CB 750 Four, a famosa 7 Galo.
O amor pelo off road
Em 1981, aos 25 anos, adquiriu sua primeira moto de uso misto, a recém-lançada Honda XL 250R, e com ela passou a desbravar o interior da região. Três anos depois participou da primeira prova de Enduro de Regularidade, mas foi só em 1989 - e com muita insistência dos amigos -, que decidiu se dedicar à modalidade. E não parou mais.
Estreou na Copa Vale do Rio Uruguai. Descobriu o sabor da vitória já na terceira etapa e sagrou-se campeão na primeira temporada. Depois vieram os campeonatos Gaúcho, Brasileiro, Catarinense, Copa Motocar, Copa Sudoeste do Paraná, Copa Oeste de Santa Catarina, e também eventos como o Cerapió, o Piocerá e o Ibitipoca, já em 2019.
E no Enduro da Independência, foram dez participações na prova que se tornaria a favorita do piloto. Dessa forma, a estreia foi com vitória, em 1997, já aos 42 anos, na classe Over 35. “Foram muitas experiências incríveis. Em outra edição fui aplaudido por todos ao dizer em uma entrevista que ‘todo piloto de Regularidade tem que fazer o Independência ao menos uma vez. Senão, é como ir para Roma e não ver o papa. E se for ao pódio é um abençoado’”, recorda.
Principais títulos
Hoje com 65 anos, o gaúcho de Erechim guarda com carinho os símbolos de suas conquistas. Ao todo, são 60 títulos, 23 vice-campeonatos, 750 troféus e 64 medalhas.
Com as principais conquistas, Altair é heptacampeão Brasileiro de Enduro de Regularidade, pentacampeão Sul-Brasileiro de Enduro de Regularidade e, também, tridecacampeão Gaúcho da modalidade. Ainda, faturou 11 vezes a Copa Motocar e três títulos do Enduro da Independência.
Papai ‘Bordignon’ Noel
Talvez, só exista uma coisa que faz Altair mais feliz do que colocar sua moto nas trilhas do Independência: seu projeto natalino. Assim, desde 1989 ele e amigos saem pelas ruas e interiores de Erechim e região para distribuir balas e brinquedos - todos pilotando motos, claro.
“Tudo surgiu nas localidades do interior, como uma forma de agradecer ao pessoal que deixava a gente treinar nos sítios e trilhas. Fomos tão bem recebidos que nos motivamos a aumentar a ação e a realizamos todos os anos. Hoje temos um grupo de 15 ‘Noeis’ e uma porção de histórias emocionantes para contar, de gente simples, pessoas que disseram que jamais esquecerão do dia em que foram visitadas por nós”, resgata o veterano motociclista.
Federação Gaúcha de Motociclismo | FGM
Jornalista Responsável: Guilherme Augusto MTB 17506/RS
Contato: 51 99763-3901 / contato@gearboxcomunicacao.com